8 de novembro de 2010

Imigração clandestina

A imigração clandestina é o ato ou efeito de imigrar ilegalmente, ou seja, neste caso, sem a autorização dos governantes para onde se deseja imigrar.

O país que mais sofre com este tipo de Imigração é sem dúvida os Estados Unidos da América onde imigrantes mexicanos arriscam a vida pelo longo e perigoso deserto do Texas e tentam atravessar pela fronteira para morar principalmente na Califórnia(Los Angeles, San Diego), Flórida (Miami) e Texas (Dallas, Houston) além de ter também considerável concentração de imigrantes ilegais nos estados do Alabama (Nova Orleães).

Outra forma de atravessar ilegalmente é via mar, de onde saem balsas precárias quando referido à segurança principalmente de Cuba, do Haiti e da República Dominicana.

Para os brasileiros a rota do mar está se tornando cada vez mais comum, pois sob pressão contínua dos Estados Unidos o México passou a cobrar visto de brasileiros que vão para seus domínios fronteiriços, já que os brasileiros constituem o segundo maior grupo de imigrantes no Estados Unidos, atrás apenas do México. Lembrando que grande parte desse grupo de imigrantes é ilegal.

Para se ter idéia, segundo estatísticas, até o ano de 2009, os Estados Unidos tinham cerca de 40 milhões de imigrantes sendo 11,6 milhões ilegais, e novamente lembrando, a população dos Estados Unidos que vivem abaixo da linha da pobreza, é estimada em 30 milhões de pessoas.

Mesmo os Estados Unidos sendo o principal foco atraente para imigração, em grande parte ilegal, há também outros países que sofrem o mesmo problema que os norte americanos, como a Alemanha, Reino Unido, França, Espanha, Japão, Itália entre outros.

A Espanha que tem uma mínima parte de seu território no norte da África, que corresponde à Cidade de Ceuta, foi obrigada a construir um muro de mais ou mesmos 8 km de extensão cercando esta cidade para impedir a passagem de imigrantes que tentam a travessia para a Europa através do pequeníssimo Estreito de Gibraltar.

O Reino Unido e a França também sofrem bastante com a vinda de imigrantes clandestinos ou não vindos ou não de suas antigas colônias.

Hackers

Originalmente, e para certos programadores, hackers são indivíduos que elaboram e modificam software e hardware de computadores, seja desenvolvendo funcionalidades novas, seja adaptando as antigas.

Originário do inglês, o termo hacker é utilizado no português. Os hackers utilizam todo o seu conhecimento para melhorar softwares de forma legal. Eles geralmente são de classe média ou alta, com idade de 12 a 28 anos. Além de a maioria dos hackers serem usuários avançados de Software Livre como os BSD Unix (Berkeley Software Distribution) e o GNU/Linux. A verdadeira expressão para invasores de computadores é denominada Cracker e o termo designa programadores maliciosos e ciberpiratas que agem com o intuito de violar ilegal ou imoralmente sistemas cibernéticos.

A controvérsia sobre o termo

Etimologicamente está relacionado ao verbo cortar nas línguas germânicas. O termo desenvolveu-se vindo a ser associado ao ato de modificar ou inventar algo para realizar funcionalidades que não as originais. As atividades criativas e originais de um inventor ou mecânico seriam o equivalente de hacking, "hackear" na língua portuguesa.

A palavra "hack" nasceu num grupo chamado PST chamado Tech Model RailRoad Club (TMRC) na década de 50. Membros do clube (soldier e ChAoS) chamavam as modificações inteligentes que faziam nos relês eletrônicos de hacks. Quando as máquinas TX-0 e PDP-1 chegaram ao mercado, os membros do TMRC começaram a utilizar o mesmo jargão para descrever o que eles estavam fazendo com a programação de computadores. Isso continuou por anos até mesmo quando novas máquinas como o PDP-6 e depois o PDP-10 apareceram. O termo passou a ser usado com diversos significados: sucessos em determinadas áreas, fosse como uma solução não óbvia e particularmente elegante para um problema, ou uma partida inteligente pregada a alguém, ou ligar os sistemas informáticos e telefônicos para fazer chamadas grátis. Finalmente, o termo passou a ser utilizado exclusivamente na áreas da programação ou eletrônica, para designar indivíduos que demonstravam capacidades excepcionais nestes campos, efetivamente expandindo-os com atividades práticas e artísticas.

Desde o início do século, empresas brasileiras de informática (como a filial Microsoft do Brasil) usam o substantivo decifrador em respeito à língua lusófona. A forma portuguesa da palavra é constante nas guias de ajuda do Windows Vista e nas páginas da IBM Brasil e Google Brasil.

Nós aqui no TMRC usamos os termo 'hacker' só com o seu significado original, de alguém que aplica o seu engenho para conseguir um resultado inteligente, o que é chamado de 'hack'. A essência de um 'hack' é que ele é feito rapidamente, e geralmente não tem elegância. Ele atinge os seus objetivos sem modificar o projeto total do sistema onde ele está inserido. Apesar de não se encaixar no design geral do sistema, um 'hack' é em geral rápido, esperto e eficiente. O significado inicial e benigno se destaca do significado recente - e mais utilizado - da palavra "hacker", como a pessoa que invade redes de computadores, geralmente com a intenção de roubar ou vandalizar. Aqui no TMRC, onde as palavras "hack" e "hacker" foram criadas e são usadas com orgulho desde a década de 1950, ficamos ofendidos com o uso indevido da palavra, para descrever atos ilegais. Pessoas que cometem tais coisas são mais bem descritas por expressões como "ladrões", "cracker de senhas" ou "vândalos de computadores". Eles com certeza não são verdadeiros "hackers", já que não entendem os valores "hacker". Não há nada de errado com o "hacking" ou em ser um "hacker".

TMRC (Tech Model RailRoad Club)


O termo "hacker", é erradamente confundido com "cracker". "Crakers" são peritos em informática que fazem o mau uso de seus conhecimentos, utilizando-o tanto para danificar componentes eletrônicos, como para roubo de dados, sejam pessoais ou não. Já os hackers usam seu conhecimentos para ajudar a aprimorar componentes de segurança.

Há ainda o termo "hacker de segurança da informação" e "hacker (subcultura de programadores Unix)", sendo que o primeiro pode ou não estar ligado ao Unix e ao código aberto, e o segundo está estritamente ligado ao código aberto e o Unix. É possível que ambos estejam ligados aos dois termos.
Exemplos de Hackers do código aberto:
  • Eric S. Raymond
  • Linus Torvalds
  • Richard M. Stallman
  • Alan Cox
  • Andrew Tanenbaum
Exemplos de Hackers de segurança da informação:
  • Tsutomu Shimomura
  • Jon Lech Johansen
  • John Draper
  • Wau Holland

Ética hacker

Existe uma Ética Hacker. Equivocadamente é usado referindo-se a pessoas relativamente sem habilidade em programação e sem ética, como criminosos que quebram a segurança de sistemas, agindo ilegalmente e fora da ética hacker. O problema é quando os crackers e script kiddies são referidos como hackers pela imprensa, por falta de conhecimento, gerando uma discussão sem fim.

Nesse sentido, os hackers seriam as pessoas que criaram a Internet, fizeram do sistema operacional Unix o que ele é hoje, mantêm a Usenet, fazem a World Wide Web funcionar, e mantém a cultura de desenvolvimento livre conhecida atualmente. É comum o uso da palavra hacker fora do contexto eletrônico/computacional, sendo utilizada para definir não somente as pessoas ligadas a informática, mas sim os especialistas que praticam o hacking em diversas áreas.

Cultura hacker

É importante lembrar que existe toda uma cultura por trás desse sentido da palavra hacker. A Cultura hacker define diversos pontos para estilo e atitude e, por mais que pareça estranho, muitas das pessoas que se tornam os chamados programadores extraordionários possuem esse estilo e atitude naturalmente e casual.

O termo hoje também é usado para representar todos os que são bons naquilo que fazem, como os artesãos que usavam como principal ferramenta de trabalho o machado, ou Picasso com sua arte fabulosa, eles foram os primeiros hackers. Atualmente o termo indica um bom especialista em qualquer área. Este termo adquiriu esta definição somente após seu uso na informática, designando especialistas em computação.

Os hackers e crackers são indíviduos da sociedade moderna, e possuem conhecimentos avançados na área tecnológica e de informática, mas a diferença básica entre eles é que os hackers somente constróem coisas para o bem e os crackers destróem, e quando constróem, fazem somente para fins pessoais.

Os termos utilizados na segurança da informação, para diferenciar os tipos de hacker/cracker são:

White hat

White hat (hacker ético), vem do inglês "chapéu branco" e indica um hacker interessado em segurança. Utiliza os seus conhecimentos na exploração e detecção de erros de concepção, dentro da lei. A atitude típica de um white hat assim que encontra falhas de segurança é a de entrar em contacto com os responsáveis pelo sistema e informar sobre o erro, para que medidas sejam tomadas. Um white hat pode ser comparado a um policial ou vigilante, buscando as falhas para corrigi-las. Encontramos hackers white hats ministrando palestras (ou aulas em universidades) sobre segurança de sistemas, e até trabalhando dentro de empresas para garantir a segurança dos dados. Por causa do sentido pejorativo que a mídia associa ao termo "hacker", normalmente o hacker white hat não é publicamente chamados de hacker e sim de especialista em TI, analista de sistema ou outro cargo na área de informática. No entanto, realmente são hackers.

Gray hat

Gray hat - Tem as habilidades e intenções de um hacker de chapéu branco na maioria dos casos, mas por vezes utiliza seu conhecimento para propósitos menos nobres. Um hacker de chapéu cinza pode ser descrito como um hacker de chapéu branco que às vezes veste um chapéu preto para cumprir sua própria agenda. Hackers de chapéu cinza tipicamente se enquadram em outro tipo de ética, que diz ser aceitável penetrar em sistemas desde que o hacker não cometa roubo, vandalismo ou infrinja a confidencialidade. Alguns argumentam, no entanto, que o ato de penetrar em um sistema por si só já é anti-ético (ética hacker).

Black hat

Black hat, (cracker ou dark-side hacker), indica um hacker criminoso ou malicioso, comparável a um terrorista. Em geral são de perfil abusivo ou rebelde, muito bem descritos pelo termo "hacker do lado negro" (uma analogia à série de filmes Star Wars). Geralmente especializados em invasões maliciosas e silenciosas, são os hackers que não possuem ética.

Newbie

Newbie ou a sigla NB, vem do inglês "novato". Indica uma pessoa aprendiz na área, ainda sem muita habilidade, porém possui uma sede de conhecimento notável. Pergunta muito, mas freqüentemente é ignorado ou ridicularizado por outros novatos que já saibam mais do que ele (ao contrario dos lammers que são ridicularizados por todos). Hackers experientes normalmente não ridicularizam os novatos, por respeito ao desejo de aprender - no entanto, podem ignorá-los por falta de tempo ou paciência.

Lamer

O termo Lamer ou Lammer indica uma pessoa que acredita que é um hacker (decifrador), demonstra grande arrogância, no entanto sabe pouco ou muito pouco e é geralmente malicioso. Utilizam ferramentas criadas por Crackers para demonstrar sua suposta capacidade ou poder, na intenção de competir por reputação, no entanto são extremamente inconvenientes para convívio social, mesmo com outros hackers. Algumas pessoas acreditam que essa é uma fase natural do aprendizado, principalmente quando o conhecimento vem antes da maturidade. Lamer's geralmente atacam colegas de trabalho ou colegas de estudo, sempre com menos aprendizado, e estes se aterrorizam, aumentando a arrogânica do lamer.

Pirataria moderna

A pirataria moderna se refere ao desrespeito aos contratos e convenções internacionais onde ocorre cópia, venda ou distribuição de material sem o pagamento dos direitos autorais, de marca e ainda de propriedade intelectual e de indústria. Os casos mais conhecidos são as cópias de produtos (falsificação), quer pelo uso indevido de marca ou imagem, com infração à legislação que protege a propriedade artística, intelectual, comercial e/ou industrial.
A pirataria envolve os mais diversos produtos, desde roupas, utensílios domésticos, remédios, livros, softwares e qualquer outro tipo de produto que possa ser copiado.
Entre os produtos mais pirateados, estão:
  • Software
  • Medicações
  • Brinquedos
  • CDs
  • DVDs
  • Livros
  • Roupas
  • Relógios
  • Perfumes
  • Produtos Desportivos
  • Biopirataria
  • Tênis
  • Óculos


Jogos Eletrônicos

Um dos itens mais pirateados no mercado nacional é definitivamente o jogo eletrônico. Tanto pela facilidade com a qual a cópia é feita tanto pela facilidade pela qual se obtêm (praticamente qualquer loja especializada em jogos vende produtos piratas), a pirataria no mercado de jogos vêm se popularizando e se adapatando conforme os constantes avanços na tecnologia. Além disso, a falta de fiscalização e a aceitação da pirataria como parte do cotidiano atual contribui para a sua continuidade.

Aceitação Social

A pirataria como parte do cotidiano já é um conceito definido há tempos. A compra de produtos no mercado informal já faz parte integral do cotidiano brasileiro desde a época da tecnologia de vídeo VHS. Tanto os preços inacessíveis e desinteressantes ao público, independentemente da camada social, tornam a pirataria a quase que exclusiva e viável alternativa ao consumidor. A se acrescentar que o próprio Poder Judiciário brasileiro tem decisões que não compreendem a pirataria como crime, justamente em função da adequação social dos fatos, entretanto o STJ e o STF vêm reafirmando a penalização.


Penalidades

No Brasil a pirataria fere a licença de copyright e contra ela existe a Lei Antipirataria ([[Pirataria moderna#Lei Anti-Pirataria|10.695 de 1 de julho de 2003 do Código de Processo Penal), que pune os responsáveis e dependendo dos casos a pena pode chegar a 4 (quatro) anos de reclusão de pena, e multa. Apesar disso, a pirataria é muito praticada no Brasil sendo responsável pela geração de um grande número de empregos informais. A Polícia Federal do Brasil mantém operações permanentes para coibir as diversas modalidades de pirataria.

Pirataria, consequência e sua ligação com o crime organizado

De acordo com dados da Interpol a pirataria está relacionada ao crime organizado, como assaltantes, traficantes de armas, narcotraficantes e ligado até ao terrorismo, movimentando mais de meio trilhão de dólares. Além disso a pirataria está intimamente ligada à exploração infantil, são mais de 250 milhões de crianças trabalhando em regime desumano.

Alternativas

Um dos principais questionamentos, hoje em dia, está focado no sistema de propriedade intelectual. No caso dos softwares surgem os softwares livres. No caso da produção musical e audio-visual ainda há uma grande controvérsia. Contudo, todos buscam uma solução que respeite o direito e permita acesso ao trabalho dos artistas. Um dos meios que favorece essa disponibilidade de material hoje em dia é o uso de software P2P que permite a seus usuários compartilhar arquivos por meio da Internet.Muitos esperam que os músicos comecem a abandonar a concepção de disco gravado para oferecer seu material de formas alternativas (como, por exemplo, downloads através de FTP ou similares), podendo fixar preços por peça/canção ou grupo de peças muito mais baixos que os atuais preços de CD.
Recentemente foi fundado o Partido Pirata Piratpartiet, na Suécia. Trata-se de um partido político que tem como principal tema a reformulação da legislação de propriedade intelectual. Vários outros partidos europeus tem sido influenciados pelos fundamentos do Partido Pirata.

Tráfico de animais

O Tráfico de Animais é um comércio ilegal de animais protegidos, sendo um problema sério para a conservação das espécies. Se desmatamento, urbanização e poluição são as principais causas do desaparecimento de espécies animais e vegetais, o tráfico de animais também tem um impacto significativo sobre algumas espécies.


O comércio de espécimes vivos ou mortos, inteiros ou de certos órgãos, envolve a maior parte do seu tempo na caça selvagem e, muitas vezes, provoca uma diminuição da população a um limite crítico em que a sobrevivência da espécie está ameaçada.

O tráfico de animais põe em perigo a biodiversidade do planeta, nomeadamente através do seu impacto sobre grandes mamíferos. A associação ecologista internacional World Wide Fund for Nature (Fundo Mundial para a Natureza - WWF) disse que o mercado gera 15 bilhões de euros por ano.

As espécies de animais, incluindo aquelas cujo risco de extinção é elevada, são protegidos pela Convenção de Washington (CITES). Os monitores regulamentam ou proíbem o comércio internacional de animais cuja situação é ou pode tornar-se problemática, se nada for feito.

Luta contra o tráfico

Meios coercivos são usados contra o tráfico de animais, como a formação de brigadas anticaça furtiva (como é o caso em vários parques nacionais e reservas na África e na Ásia), o controle aduaneiro (em aeroportos e sobretudo portos), ou a inspeção de lojas de animais.

No entanto, é necessário superar algumas dificuldades:

  • As brigadas anticaça furtiva devem ser bem equipadas e pagas. Quando os funcionários são mal pagos, trabalham muitas vezes mal e podem até mesmo ajudar os caçadores furtivos;
  • Por vezes é difícil de evitar abusos. Essas brigadas devem ser bem treinadas.
  • Alfândega e agentes da polícia que controlam a importação e venda de animais devem ser suficientemente qualificados para reconhecer as espécies para as quais o comércio é regulado.

Existem também as formas rentáveis de luta contra a caça furtiva. A melhoria do nível de vida das comunidades locais (que existem principalmente em países pobres), através de vários meios:

  • Ecoturismo
  • Artesanato;
  • Agricultura, desde que não seja em si muito destrutiva para o meio ambiente.

Centros de Lavagem de Dinheiro (INCSR) - 1997

O gráfico a seguir mostra as cidades que são centros de lavagem de dinheiro e sua prioridade em relação um ao outro. O gráfico é de 1997.


Para uma melhor vizualização, você pode acessar o link da imagem ou da página pdf.

As Vantagens de Ser Global No Mundo Contemporânea

Os textos a seguir foram escritos por Jaime Oliva, e eles darão introdução ao tema.


AS EMPRESAS GLOBAIS

Algumas empresas, chamadas corporações transnacionais, poeram em escala global. Operar em escala global é ter acesso ao mundo como mercado consumidor. Porém, uma corporação não reduz sua ação mundial ao ato de vender. É mais que isso, e um exemplo pode demonstrar essa afirmação: vender nos EUA e na UE, que são os maiores mercados mundiais, será ainda um melhor negócio se a produção for distribuída geograficamente me várias partes do mundo. Atualmente, está nítido que as grandes corporações transnacionais (com origem principalmente nos EUA, na Europa e no Japão) vendem seus produtos no mundo inteiro, e que seus sistemas de produção estão sediados em diversas localidades do mundo - como na China, a Coréia do Sul, o Vietnã, a Tailândia, a Índia e o Brasil. Por que localizar a produção nesses países?

Seguramente, porque isso dá às grandes corporações transnacionais vantagens na competição internacional, pois a produção fabril nesses países tem custos mais baixos. Isso ocorre, em parte, porque os salários pagos nesses países oferecem outras vantagens, além da mão de obra barata: impostos mais baixos ou mesmo inexistentes, empréstimos, doação de terras, infraestrutura à disposição e a baixo custo, energia mais barata etc. Assim é possível concluir que uma empresa global pode compensar as dificuldades de ação num país com as facilidades de atuação em outros. Com esse poder todo de uma corporação transnacional, uma empresa nacional não terá dificuldades de concorrer com outra que tem a diversidade do mundo à sua disposição?

AS REDES ILEGAIS

Haveria também, para as atividades ilegais, vantagens em ter uma atuação global? Sem dúvida, há. Por exemplo: uma organização criminosa qu trafica drogas obtém lucros vendendo seus produtos na Europa e nos EUA. Digamos que as drogas sejam produzidas na América do Sul ou na Ásia, e que o dinheiro obtido com os lucros seja depositado em países que possuem uma "fiscalização frouxa" em seus sistema bancário. Muitos países estão interessados em atrair capitais e, com isso, podem relaxar o controle da origem do dinheiro. Os que controlam as redes de ilegalidade em escala global sabem explorar essas situações. "Lavar" esse dinheiro "sujo" (que tem origem, por exemplo, na venda de drogas) não é tão difícil. Essa é uma operação que, do ponto de vista geográfico, pode ser chamada de global. Obter lucros com o crime num país e usar o dinheiro advindo dessa atividade na mesma localidade sempre foi um problema para os grupos criminosos. Porém, no mundo globalizado, a diminuição dos controles para a circulação financeira, o afrouxamento das fronteiras e a busca incessante de muitos países pobres por mais capital acabam fazendo com que o dinheiro "sujo" tenha maiores chances de circular com cara de limpo.

PARAÍSOS FISCAIS

Paraísos fiscais são regiões que, muitas vezes, têm o status de Estado nacional e aceitam o ingresso de recursos financeiros de origem desconhecida, quer dizer, sem que o dono de dinheiro precise declarar como o dinheiro foi obtido. Além disso, protege-se a identidade do dono dos recursos e garante-se o sigilo bancário absoluto. Nesse sentido, um lucro obtido com tráfico de armas ou de drogas pode ser depositado no banco e aplicado, e ninguém vai incomodar o dono do dinheiro de origem criminosa.

Outra característica de um paraíso fiscal é que esse é um lugar que facilita a abertura de empresas. Uma empresa pode se instalar num paraíso fiscal e todos os recursos que por ali circularem não serão tributados. Como muitos usam os paraísos fiscais para "lavar" dinheiro "sujo", por exemplo, usando lucros de aplicação de dinheiro advindo da droga para abrir uma empresa, que depois vai atuar legalmente, esses paraísos terminam sendo lugares onde não "há pecados". Tudo vale. Nos paraísos fiscais, há uma grande rejeição aos controles ditados pelas regras do direito internacional, que, por exemplo, tentam coibir a lavagem de dinheiro - como as medidas contra a crise mundial propostas no encontro do G-20 em 2009, que incluíram a necessidade de regulação das transações realizadas nos paraísos fiscais.

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